segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O VÍCIO ESCRAVIZA

O VÍCIO ESCRAVIZA
*Emiele*

Flores esparramadas no alvo linho da toalha
testemunhavam que ocorrera ali uma cruel batalha
entre a loucura e sanidade.
Entre se conhecer e se esconder...
Entre o ser e deixar de ser...

Ah, droga ou bebida maldita!
Quando será exterminada sua maldade
oculta nas taças e brindes de falsidade?
Quando terá fim por sua causa,
o sofrimento e destruição de tantos lares?
Quando acabará enfim, tanta desgraça e mortandade?

Oxalá adormeçam nos porões seus tonéis de veneno!
Pois o que para uns leva a um prazer pequeno,
para outros, leva à alucinação...À criminalidade...
À desorganização familiar... À desunião.

Como vítima deste vício infernal prefiro a sobriedade dos ''caretas''
à tagarelice e falsa alegria dos beberrões que não acreditam
estarem subjugados, dominados e escravizados.
Sob efeito das drogas e abastecidos de coragem
e poderio, se tornam prepotentes,
E ninguém lhes convencem que estão enganados.
Mas em seus lares há marcas do fracasso.
Nas suas relaçoes já não existem laços.
Na expressão dos seus olhares, há fadiga.
No seu sangue, coração e fígado, há degeneração.
Na sua carreira e profissão, há estagnação.
Em tudo há só marcas de destruição.

Desperta, alcoólatra ou químico viciado!
Não há mais tempo, estou alquebrado... Dirá.
Engana-se! O tempo é agora.
Liivre-se deste vício e farsa.
Ainda há tempo para sua recuperação.
Para o despertar dum novo homem.
E ainda que já tenha perdido familia, trabalho, amigos,
não há nenhuma lápide com seu nome escrita: Aqui jaz!
Resta-lhe o divino sopro de Vida...
Com vida, saúde, fé e determinação, tudo mais reconquistará.
E ao reencontrar seu elo perdido, em paz viverá.

Vença seu vício, jovem-homem ou jovem-mulher!
Luta com furor contra seus próprios fantasmas!
Desse fantasma e fraqueza, desencalha!
E ao vencer a si, vencerá a mais nobre e árdua batalha.


Belo Horizonte - 20/05/2007 - 23 :50 horas.
Respeite a autoria ao divulgar.
Dedico este poema a tantos jovens e adultos
que vivem pelo dominados pelos vícios.