quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Não abandone o velho

Não abandone o velho
*Emiele*

A flor murcha, sem cor e vida,
que outrora nossos olhos enfeitiçou,
enfeita hoje qualquer canto d'alma
que num passado desbotado, estacionou.
Não abandone o que velho já ficou
pois o que um dia teve vida em flor,
de lembranças vive como novo,
mesmo que seja uma irreparável dor.
Pedaços que escrevemos duma história,
mesmo sem brilho aos olhos do demais,
tal como as notas duma bela sinfonia,
compõem a música de nossa trajetória
numa orquestra harmoniosa e sem rivais.
Não abandone o que velho já ficou
ainda que seja uma irreparável dor...
Deixe num canto e lhe dê guarida,
pois são troféus de lutas já vencidas
onde o rival foi o desamor.

Belo Horizonte, 05/09/2008 - 16:06 horas.
Seria bom fechar o espetáculo com uma Oração...
Que tal esta?