sábado, 30 de janeiro de 2010

Maior-Idade

Maior-Idade
*Emiele*

Não sei se faço ou se desfaço.
Se visto e me protejo.
Se desnudo e me exponho.
Se ando ou permaneço imóvel
Se ouço ou continuo muda...
Numa consciência absurda!

Então reviro tudo e me faço avesso.
Se quero ser, faço. Transgrido. Aconteço.
E sem nó na garganta quando chego a noite,
deixo o ar entrar... Sinto-me liberta.
Livro-me do açoite.
Faço da vida uma rima
e sem olhar por cima
nem ficar no muro,
saio do obscuro.

Chego na Maioridade no poema.
Mas na vida, que desmando!
Fico quase só no mesmo tema.
E ao me estruturar,
vou tar-ta-ru-gan-do...


Ipatinga, 13 de maio de 2002.

Um tudo que é nada!

Um tudo que é nada!
*Emiele*


O arrebol
...O sol
......O vento
.........O calor
...........O suor
.............O trânsito
................O desgaste
...................A lida.

Depois...
...O entardecer
......O por-do-sol
.........O anoitecer
...........O frio
..............O arrepio
.................O medo
...................O sono
......................O sonho
.........................O cio...
............................Novos poemas!

Já não agüento essa rotina!
...Tenho a emoção por um triz.
......Insisto e invisto na vida
........pois ela sempre nos ensina...
.........E qualquer dia invento
............um jeito viável e prático
..............de ser feliz.

...Não tenho por perto
.......meu bem-querer.
..........Como há de ser?
............E se pra tudo há um jeito
...............mesmo que não seja
..................tal como o queria, perfeito,
....................o amor renasce todo dia
......................nos versos que ando a escrever.


Ipatinga, 16/04/2005 - 22:45 horas.
Direitos Autorais Preservados pela Ética que deve permear
todo meio de divulgação e reprodução.

Rítmos da Alma

Rítmos da Alma
*Emiele*

De música, embriaguei a alma... Exagerei na dose.
Não sinto enjôo nem repulsa.
E em minhas veias, apenas mais acelerado o sangue pulsa...
Embriaguei-me de sons dos mais variados tons.
Cambaleante e rítmica,
tristezas e solidão neste instante esqueço.
De sonhos povôo meu pensamento...
E minh'alma na fluidez musical, reabasteço.

Na sonoridade que ecoa pelo ar,
meu amor pela melodia suave se fortalece.
Manter fidelidade a este amor por ti, a mim prometo.
Ao êxtase me entrego em pleno enlevo...
Um poema escrevo...
E debruçada sobre notas musicais
adormeço o sono solitário dos imortais.

Acordo no dia que se segue e desta embriaguez
quero experimentar outra vez.
Mesmo em menores doses, me sinto mal...
Tonteio. É fatal e brutal o que na mente veio:
A música já não me serve de esteio.
Sou frágil e infeliz mortal.

Busco aquietar meu corpo e anestesiar a alma.
Dedilho musicalidade nas palavras...
Mas ao capturar imagens tuas,
transporto parte desta emoção sentida pro papel.
Sou arrebatada pela saudade...
Descubro-te um ser infiel.
Quanta crueldade!
Há veneno em tudo!
Sofre a poesia o amargor do fel.
Só eu sou a mim fiel... Minto.
Nem eu expresso verdadeiramente o que sinto.

Transporto-me para um lugar
onde tudo baila leve, livre, solto...
E de lá, juro que não mais volto.
Hei de viver tudo que no poema escrevi !
Se assim não for, de que valem
sonhos e esperanças acalentar
se não posso viver o que senti?

Belo Horizonte - 05/09/2004 - 14:00 horas.
Hora do habitual cochilo e relax...
Dedicada 'a música que me embriga, relaxa e adormece.

* * * * *

Quando escrevi o poema acima, havia passado horas inteiras
a ouvir músicas que meu muso me enviou gravadas no aparelho
MP3, modernidade da Europa, que não havia ainda chegado aqui.
Desconhecia o texto que foi a mim enviado pelo amigo Víctor Portela,
Por esta razão, envio para que leiam, pois vi que ando na direção certa.
Vivo embrigada da paixão que expresso nos poemas... É maravilhoso
este estado de embriaguês produtiva em que me encontro!

Eis o texto que recebi:

"Deve-se estar sempre bêbado. É a única questão.
Afim de não se sentir o fardo horrível do tempo,
que parte tuas espáduas e te dobra sobre a terra.
É preciso te embriagares sem trégua.
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude?
A teu gosto, mas embriaga-te.
E se alguma vez sobre os degraus de um palácio,
sobre a verde relva de uma vala, na sombria solidão
de teu quarto, tu te encontras com a embriaguez
já minorada ou finda, peça ao vento, à vaga, à estrela,
ao pássaro, ao relógio, a tudo aquilo que gira,
a tudo aquilo que voa, a tudo aquilo que canta,
a tudo aquilo que fala, a tudo aquilo que geme.
Pergunte que horas são. E o vento, a vaga, a estrela,
o pássaro, o relógio, te responderão:
É hora de se embriagar.Para não ser como os escravos
martirizados do tempo, embriaga-te. Embriaga-te sem cessar.
De vinho, de poesia ou de virtude.A teu gosto..."

(Charles Baudelaire)

Música e letra

Música e letra
*Emiele*

Não quero saber
se há anos ou dias te espero.
Não quero saber
se acordada ou insone te quero.
Só quero saber que a hora é agora
e ansiosa te aguardo.
Oh, música de minh'alma!
Adentra meu corpo e acalma
esta ânsia e paixão
que arde em minhas entranhas e chão.
Não me faças esperar por mais uma pausa
sem ter justa causa.
Orquestre em mim teus acordes sonoros...
E saciado o desejo verei
que a música que hoje mais quero
é igual ao prazer de um beijo
sedento, ardente, eloquente
que a mim tenho negado.
E tudo mais que tenho me dado
em dó-ré-mi-fá-sol-lá-si
é pura ilusão que por anos a fio
me entreguei... me envolvi...
E na qual me perdi...
Não te vá. Fique junto a mim
tão somente e semente
plantada pra sempre!


Belo Horizonte - 21/10/2009 - 3:00
Acordo na madrugada com este poema na mente.
Para não perdê-lo, levanto e transcrevo no papel.

Mineirices gostosas de lembrar

Mineirices gostosas de lembrar
*Emiele*

Felizes os mineiros que ainda guardam na lembrança, mineirices dos tempos passados...
O café na chaleira... O trem Maria Fumaça...
Os casarões nas ladeiras das cidades centenárias, com flores trepadeiras caindo até a rua...
Um idoso de pele seca e enrugada, enrola seu cigarro de palha, sentado no banco da praça e proseando com um passante...
As reuniões familiares ao som do batuque e violão...
A brincadeira de roda e dança em plena rua de terra...
A estrada estreita e poeirenta a caminho da roça...
Em dia de festa religiosa, procissão com o santo em andor enfeitado...
Banda de música e foguetório ao amanhecer...
Festa do Divino e do Rosário com suas tradições milenares trazidas de sua origem...
Bailes beneficentes e quadrilha nas escolas...
Doces de goiaba em pedaços, cidra ou laranja da terra, em calda de rapadura...
Fogão a lenha, panela de barro fritando torresmos...
Ah, são tantas as tradições por Minas Gerais!
Ao visitamos lugarejos que preservam estas tradiçoes, sentimos que o tempo não correu... Vagueia pelas cercanias, tal como os rio... Formam cachoeiras... Banham as plantações das fazendas... Alimentam a criação... E demoram desaguar no mar.
Assim, é Minas Gerais com suas histórias, seu povo e tradições seculares.
Ser mineiro é ter muitas histórias pra contar. Ah, se é.
E eu sou assim, cheia de mineirices para recordar.

Belo Horizonte, 15/08/2009 - 22:00 horas.

Espera sem fim

Espera sem fim
*Emiele*

Luz tênue penetra os fios emaranhados da cortina...
Neste apartamento sombrio cumpro minha sina... Esperar.
Sinto desejo e na pele um suave arrepio...
Ando pelo apartamento sem rumo...
Mais uma noite chega e me encontra desequilibradamente apaixonada!
Sem esperanças de te encontrar, afasto-me do computador...
Não virás, eu sei.
Aperta-em no peito uma dor... Mas ficarei a te esperar...
Viver na ilusão de um dia ir a teu encontro é meu alento e tormento.
Perdoe minha fragilidade e este jeito maluco de gostar.

Belo Horizonte - August 23, 2009 5:13 PM

Insano amor

Insano amor
*Emiele*

Foi tanto meu amor por ti
que me esqueci de mim.
E ao revirar cada página
onde registrei em poemas
fase por fase desta paixão
percebo o quanto desatinei...
Quase fico louca,
por emoção tão pouca!
Ninguém experimentará por nós
a completa insensatez
com que decidimos viver.
E de volta á lucidez encontro
o equilíbrio e a razão
que perdi, quando me envolvi
nas chamas desta paixão.


Belo Horizonte, 12/09/2009 - 18:30 horas.

Impossível assim

Impossível assim
*Emiele*

Se te ter juntinho a mim não fosse tão difícil
já terias meus carinhos e aconchego ...
Conhecerias meu terno olhar e meu chamego ...
E saberias que imenso amor trago guardado,
para com ternura te entregar.
Bem sei, acolherias em teu regaço
meu corpo, já cansado de esperar...
E chegando o fim desta longa espera,
eu viveria somente pra te amar.
Dos meus beijos cheios de carícia,
sei que gostarias... E até me pedirias
pra beijar-te mais ainda...!
Então, eu te diria sem temor
que se soubesse que me tens amor,
meus medos sem razão seriam
e junto a ti há muito tempo eu já estaria...
E tua amante para sempre eu seria.
Juntos haveríamos de seguir
desnudando o céu das madrugadas...
E banhados de luares e estrelas
deitaríamos num manto de flores
do seu jardim, onde abraçados dormiríamos.
Ah, meu amado, se não fosse difícil
tanto tempo por ti esperar,
esta distância não teria importãncia
e nem no peito eu sentiria tanta ânsia...
...

E por ser tudo entre nós tão impossível e complicado,
seguirei meus dias a falar deste desejo que persiste
e como teimosia, dele não desisto.
E por não saber esta distãncia encurtar,
confesso que volto a sentir medo de alimentar
por tanto tempo um desejo delirante...
Então, declaro mais uma vez, que doravante,
prefiro que sejas meu amado amigo...
A ser meu sonhado e único amante!


Belo Horizonte, 17/08/2009 - 22:28 horas.

Grito Silencioso

Grito Silencioso
*Emiele*

Há tantas formas de falar
Tantas formas de expressar
De silenciar... E de gritar.
Vozes que ecoam na escuridão
Clareando a visão.
Vozes ininteligíveis
Indecifráveis
Vozes arrogantes nem sentido
Mas seu eco é sempre temido.

Opto pela fala dócil e delicada.
Opto pela fala cuja raiz está no coração.
Pela fala silenciosa em forma de ação.
Elas falam mais alto que qualquer palavra dita.
Que qualquer voz aflita.
Que qualquer grito na multidão.


Belo Horizonte, 06/06/2006 - 20:40 horas.
Autorizado para a Ciranda - O grito que não se cala
E também autorizada para a Ciranda - O Grito -
coordenada por Raquel Caminha.

Ganhos reais

Ganhos reais
*Emiele*

A observar a magia do arco-íris
solitário pássaro fica inerte sobre o muro...
Ao olhar as maravilhas da natureza
reproduzidas pelo computador
fico inerte sobre uma cadeira...
Quem tem maior ganho?
E a resposta vem imediata.
Levanto e abro a janela
pois acabou de chover
e lá fora pode haver um arco-íris...

Precisamos viver realidades!


Belo Horizonte, 15/09/2009 - 16:30 horas.
Registro Digital Nº 19544

Entre lágrimas e risos

ENTRE LÁGRIMAS E RISOS
*Emiele*

Choram meus olhos no quarto bem baixinho...
Enquanto na sala de tv e no quarto de meus filhos
há um ruído ensurdecedor de um rock infernal.
Se abro a porta, meu coração e emoção levam um soco!
Quem sabe se parasse com este velho choro
e buscasse quem me desse algum consolo, fosse o ideal?
Mas não saio do quarto. É aqui que reencontro
minha essência e espiritualidade.
Espiritualidade cultuada e suada! Pudera!
É forçada e amalgamada a sangue, ferro e choro!
Pois minha índole é viver da carne o pleno gozo,
até todo este desejo saciar e consumir...
Se por educação, força do caráter, temor a Deus,
ou sei lá se por amor, sublimo tudo.
Canalizo para um texto, poema ou canção
parte deste contexto, e me iludo.
Penso no amor que nutro por ti...
E me sinto leve como um colibri.

... Abro a porta do quarto e saio cantarolando.
Ainda há pouco estava num canto acuada,
a rejeitar minha desventura...
E de tanto conviver com a loucura fui contagiada.
Como observadora constato esta verdade:
Ser louco tem suas vantagens.
E como eles sabem fazer chantagens!
A eles tudo é permitido.Tudo é aceito.
Dão sempre um desconto. É louco.
E vivem noutro mundo... Noutra realidade...
Então qualquer dia dou uma de louca e pronto!
Hei de encontrar do meu equilíbrio, o ponto.
O ponto entre a loucura e a sanidade.

Ipatinga - 24/04/2005 - 18:45 horas.
Direitos Autorais preservados pela Ética que deve permear
todo meio de divulgação e reprodução.

Razões e Irracionalidades

Razões e Irracionalidades
*Emiele*

Por que me permiti ouvir-te
não me calei e resisti?
Por que aceitei os teus carinhos,
não me ocultei, e me afastei
dos teus caminhos?

Por que só agora quero saber?
Era tudo tão bonito, não é verdade?
Vencíamos juntos, toda e qualquer impossibilidade.
Perguntas e respostas explodem
e se misturam dentro do coração...
Não há como explicar em meio à tanta emoção,
a verdadeira e única razão.

O que me brota no âmago do ser,
É que havia um vazio sem tamanho
lentamente me devorando...
Não mais a solidão suportando, aceitei
todo e qualquer carinho que de ti viesse...
E foi apenas isto o que me destes.

Podes ficar em paz.
Nenhuma culpa tivestes.
Não houve manipulação,
nem percebi má intenção.
Bem sei que tudo que me destes,
Fizestes com toda pureza que existe
Em teu terno coração.


(EMIELE - Ipatinga, 03/09/2002 -14:05 horas)

Novos rumos

Novos rumos
*Emiele*

Já não te quero
Nem mais te espero
Não te desejo
Nem sinto ânsia.
Nem penso em ti.
Do que se refere a ti
Quero distância.
Nada mais que nos unia
Passa a ter importância.

Não sei pra onde ir...
Mas estou certa,
de que desejo para longe partir.
Irei para algum lugar,
e nada há de me impedir.
Estou em desatino.
Creio que isto é normal
em qualquer ser humano,
quando quer mudar seu rumo,
seu destino.

Do que restou de nós nada sei.
Sei do que quero
e faço breve resumo:
Não quero mais sentir no peito,
opressão.
Não quero mais viver
de ilusão.
Nem ouvir senões,
talvez... nem ses...
Nada de impossibilidades,
Quero a certeza dos sins.
Ainda que firam,
que sejam ruins.
prefiro-os à inverdades
e falsidades.

Eis aí minhas vontades:
Quero alguém que me abrace forte.
Faça tremer e arrepiar meu corpo
de sul a norte...
Que vibre comigo na mesma sintonia
E permaneça junto a mim.


(EMIELE - Ipatinga, 03/09/2002 - 0:40 horas)

Teimosia de Amar

Teimosia de Amar
*Emiele*

A rumar sempre adiante, neste instante,
deparo-me no horizonte a palmilhar...
Deparo o mar.
Ah, este mar que em suas águas me emaranho
e embarga meu andar...
E agora, como atravessar?!
Enfrento os perigos e ponho-me num barco a remar,
ou rumo em direção ao vento, a ventar e me assombrar?
Ou quem sabe embarco num navio...
Talvez mais ágil em um avião?!
Aturdida, fico em meio à indecisão.
O certo é que há a percorrer longa distância...
E há tantos vazios neste meus caminhos
que ando obstinada a viajar
à cata de migalhas de carinhos.

Sinto-me por vezes impelida a seguir viagem e contigo estar,
ora a aquietar--me e conformar ficar.
E nesta dualidade de contraditórios sentimentos,
me rebelo e de repente tudo nego, o que na certa nem era pra negar.
Distâncias, obstáculos? Afirmo que não há.
Nada representa com certeza, e tudo tem pouca relevância,
quando a gente inventa esta forma inusitada de amar.
A teimosia é um elo forte a nos sustentar,
e nos conduz até onde chegaram nossos sonhos...
Pra só então pararmos de sonhar!


(EMIELE - Belo Horizonte, 07/04/2002 - 14 horas)

Minha Oração Diária

Minha Oração Diária
*Emiele*

Deus, infinitamente poderoso!
Deixa num canto minha emoção
E dá-me a necessária concentração,
Para que eu possa captar a Tua energia...
Para que eu possa me alegrar
Com Tua presença, todo dia.
Faça fluir em mim, a menor partícula
Da Tua infinita sabedoria.
Dá-me Senhor, isto que lhe peço.
E que no cumprimento da minha missão,
Eu seja humilde o suficiente
Para Te reconhecer em todas as minhas glórias.
E forte o bastante,
Para que eu possa acolher nos braços
A fragilidade do meu Irmão...
Sem reclamar do meu cansaço.


(EMIELE - Ipatinga, 18/01/2002)

Ter Namorado Virtual

Ter Namorado Virtual
*Emiele*

Ter namorado virtual é...
Saber que alguém participa com interesse
Do seu cotidiano, e com simplicidade nos gestos,
Demonstra carinho e afeto.

Querer deitar a seu lado e perder horas, bem juntinhos.
Ter quem gosta da sua companhia, e ainda que virtual,
desfrutar juntos, todos os dias, momentos de alegria.
E escrever como numa novela, capítulos emocionantes,
cheios de artimanhas e façanhas...

Saber com alegria você é esperada,
naquele encontro diário marcado.
Abordada, com um toque especial de carinho,
Quando o que ele precisa, é de atenção e colinho...
Ficar a imaginar o que ele anda a fazer,
e quando juntos, ter coisas agradáveis pra dizer e ouvir.
E sempre sentir o desejo de conquistar e seduzir.
Ter projetos e sonhos em comum.
E ainda que admirem e percebam as coisas
sob ótica diferente, saber olhar sempre em frente.
E finalmente...
Ter Namorado Virtual é...

Ter a vida repleta de bombons, sorvetes,
tortas, pudins, doces, salgados, licores, vinhos,
champagnes, e tudo mais que for gostoso.

Saborear um pouco de cada coisa, todo dia!
E sem nunca sentir aquele ''gosto amargoso''...
Não engordar nem ficar enjoada,
e expressar este sabor na poesia.
Namoro virtual é mesmo uma delícia!!!
E ainda há quem, só veja nele malícia.


(EMIELE - Ipatinga, 06/06/2002-17:30 horas)

Quem foi este nobre vagabundo?

Quem foi este nobre vagabundo?
*Emiele*

Quem castrou os teus desejos, meu amor!
Não fostes tu a permitir?
Será que enquanto sonhavas
Alguém de ti os arrebatou
Para que nada desejasses?!...

Quem castrou tuas fantasias
Para que não mais fantasiasses?
Quem tudo isto te roubou
Para que pensasses
De que nada vale o mundo?
Quem foi este nobre vagabundo?!...
E como em tua casa entrou?

Atendas pois o pedido que te faço:
Pois que rebeles, remendes e coles,
Pedaço por pedaço,
Das coisas que um dia te podaram.
Aí verás que fostes tu quem te castrastes,
Quem te podastes...
Fostes tu que deixastes de sonhar.
E ao ouvires o que te disseram,
Simplesmente, nada questionastes
Nem mesmo duvidastes e
Comodamente passastes a acreditar.

Então ainda há tempo.
E só há um jeito
Para que mudes esta consciência.
Enfrente teus defeitos.
Também teus medos e arremedos
Mas neste enfrentamento,
Tenhas contigo ternura e paciência.
E na imensidão deste teu poço fundo,
Terás de aceitar perder,
Parte do teu falso mundo.


(EMIELE - Ipatinga, 13/03/2002 - 3:30 horas)

Receita para ser Feliz

Receita para ser Feliz
*Emiele*

De buscar alegria em coisas simples da vida,
Todos sabem de cor.
Mas nem todos sabem atrair
Para si, o que há de melhor.
Dou-lhe minha receita.
Não tem contra-indicação
E faz bem ao coração:

Viva como as flores.
Exale seu perfume,
Brilhe em suas cores.
Sorria no espelho
No primeiro olhar do dia,
E diga para você,
Coisas que seu ego
Gostaria de ouvir.
E como resposta
Há de escutar
Uma voz suave falar:
Amo você!
Não se assuste
Nem tenha medo...
Nem espere alguém
Pra isto lhe dizer,
Pois a voz de amor,
Que deve ouvir,
Há de primeiro sair,
De dentro de si...


(EMIELE - Ipatinga, 18/06/2002 - 9:00 horas)

Escute seu Silêncio

Escute seu Silêncio
*Emiele*

Para a dor profunda da alma,
O eficaz remédio,
Que me acalenta e acalma
É recolher-me num canto
E em silêncio,
Banhá-la com meu pranto...
Lentamente...Pausadamente...
Sem nenhum desespero.
Num cerimonial
Feito com todo esmero.
E o amanhã quando clareia,
Minha alma vem à luz do dia,lavada,
Lágrima escorrida, enxugada,
Pra de verdade sorrir,
E expressar a natural alegria
Que emerge de dentro de mim.
Sem máscaras. Sem mentir.


(MARIZA LENIR - Ipatinga, 19/11/2001 - 22:30 horas)

Acalento Sonhos

Acalento Sonhos
*Emiele*

Antes de meu sonho realizar,
Eu vejo e escuto o mar
Que sem piedade,
Bate tempestuosas ondas no cais...
Ah, este mar
Que tanto me assusta
E atrai...
E ter de atravessá-lo
Para ir vê-lo,
Me atrai inda mais!
Quantas noites contarão
Que pouco dormirei?!
Quantos desejos somarão
Que não os satisfarei?!
Quantas lágrimas rolarão,
Por noites que sozinha,
Ainda ficarei?!
Por que não desistir
Destes sonhos
E lhe esquecer?!
Por que tanto padeço,
Se posso um caminho mais fácil
Escolher?!...
Urge que trabalhe arduamente,
Para que este sonhar aconteça.
Urge acreditar que eu e você,
Viver plenamente este sonho,
Também mereça.
Urge que o amor em meu peito,
Nunca adormeça.
Urge que você,
Com o passar do tempo,
Também não me esqueça...
E quando juntos,
Ao deixar lá fora o mundo,
Fecharemos os olhos...
Emocionados e quase mudos,
Viveremos o acalentado sonho
Que um dia nos foi tudo!


(MARIZA LENIR - *Emiele* - Ipatinga, 22/05/2002 - 17:19 horas)

Sonhos que lhe dou

Sonhos que lhe dou
*Emiele*

Meus sonhos nunca têm um fim.
Vou versando em sonhos
o que até de olhos abertos vou sonhando...
O sonho de mim.
E quem dera vivesse tudo quanto sonho!
A realidade deles me arrebata com sofregüidão,
me dizendo que nesta idade
não cabe mais sonhar...
Vai-se a ilusão.
Será mesmo verdade?!
Mas ninguém me priva deste meu direito.
Logo me recomponho, renovando os sonhos,
e sonho de todo jeito.
Pois fazer o quê, se sonho com arte,
e deles sempre tiro a melhor parte
e vivo do que sonho?

Só não ponho meus sonhos
nas mão de ninguém...
Pois se desacredita,
meus sonhos interdita
e me olha com desdém.

E feliz é quem, na idade madura,
tem na alma a candura,
guardada por sonhos...
Ao torná-los realidade,
o prazer que experimenta
a nada se iguala...
Só ao que na fantasia imaginou
e com prazer sonhou.

...E são sonhos, meu amor,
que todo dia ainda lhe dou.
Com eles seu coração toquei,
e você de mim nunca mais se afastou..
Eu os persegui...
Em realidade os transformei
e ao lado seu, vivi!


Ipatinga, 24/06/2002 -17:30 horas.