quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O futuro no presente

O FUTURO NO PRESENTE
*Emiele*

O futuro que agora vejo, salta a meus olhos num lampejo!
Tem um céu de nuvens espessas, esparsas, escuras,
sem estrelas nem luares.Tem rios de águas barrentas,
poluídas e estéreis.

Há um crescimento urbano desordenado, composto de cidades
mal planejadas, cheias de pessoas aglomeradas, amontoadas!
E a criminalidade de um modo geral, não penalizada e banalizada.

O futuro que hoje vejo é assim, sem eira nem beira.
Descaracterizado, fragmentado, dissocializado, e globalizado.
Um futuro triste, horrendo...Em sua conjuntura natural e humana

Por outro lado, não quero sonhar com utopias de um paraíso para todos.
Mas vejo surgir políticas e estratégias que incentivem o bem-estar
do homem no campo e cidades.Pois de que adianta tamanho avanço
da tecnologia se não trouxer benfeitorias para a Humanidade?

Há de ser um futuro de mobilização pública organizada entre
os países solidários na luta pela diminuição das discrepâncias sociais
entre pobres e ricos, no planeta.

Há de haver recursos humanos disposto a trabalhar com altruísmo
por uma causa justa e humanitária.E que os recursos materiais
sejam suficientes para subsidiar comida em abundância,
tirando nossos irmãos da inanição.

Há de haver mais políticos conscientes do seu verdadeiro papel
a desempenhar na sociedade.E também, de pessoas menos individualistas
e mais engajadas e compromissadas com o bem-estar social.

Que a agricultura familiar produza o sustento do homem do campo
que luta pela sobrevivência, e o mantenha preso 'a terra,
por amor a seu quinhão.E que a força do seu trabalho
seja valorizada e lhe ofereça condições de sobrevivência dígna.

O futuro do mundo que hoje vejo, será habitado por crianças
e recém-nascidos nutridos e sadios.As doenças infanto-juvenis
causadoras de mortalidade, serão erradicadas.
Será um mundo habitado por indivíduos fisicamente sadios
e psiquicamente menos insanos...

Que as políticas públicas de Saúde, Educação, Habitação
e Sanitária, estejam ao alcance de todo cidadão.

Que o idoso seja respeitado e abrigado com dignidade
quando não dispuser de recursos próprios.

Ah, o mundo que hoje vejo é ainda bem fragmentado
e distanciado entre o que desejo e o que será.E o pior,
pouca coisa mudará no meu tempo de ver...Mas tenho esperança
de que meus filhos e netos chegarão a desfrutar deste mundo mágico,
para o qual trabalhei na sua construção.
E no qual gostaria de juntos com eles, brincar e viver!


Belo Horizonte - 22/01/2005 - 17:00 horas.
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Publicação autorizada na Ciranda Futuro.
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