segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

HORA DO ADEUS

HORA DO ADEUS
*Emiele*

Quando penso em te deixar
é como se quisesse
abrir mão de tudo que sonhei
e novos projetos em areia construísse...
Se tudo que pra nós dois sonhei
ainda não alcancei,
urge que eu tome outros rumos?
Que rumo é este por mim ignorado,
se nem tenho vontade de partir...
De me prender a nada nem nada decidir?

Não quero mais sonhar nem me apaixonar.
Acho que de tanto por ti esperar,
sem que eu percebesse,
o desejo em mim envelheceu...
Ou quem sabe,
o amor em mim morreu?

Na certeza de que ele só adormeceu,
dormindo me pede todo dia
que eu saiba perseverar e por ti esperar...
Que olhe sempre e tão somente, o olhar teu,
pois és tu minha alegria,
agonia e poesia...
Querer meu!

Mariza Lenir Horta de Abreu, Belo Horizonte, Minas Gerais