segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Jeito de Sentir e Ver

Jeito de Sentir e Ver
*Emiele*

Um dia um colibri me segredou
que se bem fitasse
veria algo nele que a mim se iguala ...
E antes que lhe perguntasse
como, e em quê,
não quis saber da minha fala
e pra bem longe voou...

Desde então,
quando sobre as flores
sobrevoando o vejo,
pulsa mais acelerado
meu esperançoso coração
e me vem logo o desejo
de lhe fazer a mesma pergunta:
Oh, colibri, responda-me, por favor!
Como posso na sua figura tão frágil,
ver o meu amor ?!
E ele num rufar de asas
segue indiferente...
Ruma em direção a outros jardins
para sugar o mel de cada flor...

Olho encismemada...
E meio encabulada
brota lá no fundo a resposta...
E nela percebo a semelhança...
Meu amor está presente
no meu jeito de pensar e ser.
No jeito de expressar o meu querer.
Jeito mesmo só de quem sabe
tirar de si e dar,
sem nenhuma troca,
o sentimento de maior beleza...
Que aufere aos amantes
título de nobreza.
E tal como o matiz do colibri
que encanta a todos com seu vai-e-vem,
encanta a todo aquele que o tem...
Ah, o Amor...!


Belo Horizonte, 10/12/2003 - 9:50hs
Escrito numa linda manhã de sol...
Divulgue se quiser, com o mesmo carinho
e respeito de quem enviou para Você.